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Esta é uma pergunta delicada! |
Cremos que cada um de vós, sejam os antigos ou atuais membros, tem alguma boa recordação da CCB.
¹Aos que frequentaram as RJM, certamente adorava cantar “o cordeirinho”; “cidadão dos céus” entre outros. Mas, “na santa escola o tempo voa”, nos trazendo a adolescência, juventude e a fase adulta. Para nós homossexuais, mesmo sabendo que ser gay é uma condição natural, a fase entre a descoberta e aceitação nos desanima bastante a continuarmos na igreja. Às vezes, pelas exortações ou tópicos de ensinamentos condenando a homossexualidade e correlatos. Outrora, porque nos desclassificamos como seguidores da doutrina, passando a crer que é totalmente inadequado ficar na CCB.
Diante disso, os “e se” passam a invadir nossos pensamentos. Não necessariamente nesta ordem, mas com estas ideias: - “e se” houver uma exortação usando o termo efeminado, me repreendendo ou levando o pregador apontar o dedo na minha direção; “e se” for mencionado que o relacionamento de dois iguais (homem + homem ou mulher + mulher) é abominação para Deus; “e se” um espírito ruim me possuir dentro da igreja até eu começar a gritar; “e se” a irmandade notar algo diferente em mim... e seguem os infinitos “e se”.
Todavia, se faz importante refletir que ir para a igreja todos vão, o “andar na doutrina” todos aparentemente andam e alguns acreditam ser fervorosamente um seguidor.² Porém, e quanto a caridade, o amor cristão? Quantos estão seguindo? Quantos ao invés de agir com a perfeita guia do Espírito Santo lançam a discórdia e separação?! E mencionamos isto não para julgar, mas sim apresentar que as atitudes estão além da fala ou aparências. Percebem que excluir-se da igreja por razões doutrinárias é vão, pois são as nossas obras que nos qualificam. E sendo elas boas ou más nos acompanharão sempre, mesmo que mudemos de igreja ou religião.
Diante disso, ser; estar; permanecer na CCB é uma decisão sua. Deve-se frequentar a igreja por sentimento verdadeiro, porque sente alegria, paz de espírito, regozijo na alma, jamais para agradar, manter tradição etc. Sabendo que sua condição natural faz parte de ti qual o desconforto ao continuar na igreja?! Vimos no decorrer de alguns textos aqui no blog que ser gay não nos impede de servir a Deus. Podeis dizer: - Ah, mas o irmão fulano me ofendeu, sicrano me combateu, me humilhou, ouvimos tantas condenações... Verdadeiramente isso acontece, mas não seria diferente por razões tratadas no link O Gay na CCB.

E se a minha liberdade for tirada? A perda de direitos dentro da igreja torna-se nada diante da autonomia que temos perante Deus, basta exercitá-la com fé, reverência e temor. “Onde quer que estejamos Seu espírito estará.” Vide Salmos 139. Títulos terrenos são honrosos, mas não faz de nós melhores ou piores na presença do Senhor, somos beneficiários iguais da atenção do Criador para com nossas almas.
Contudo, se não deseja mais fazer parte da CCB o caminho mais simples é: deixar de ir! Busque o que te faz bem, o que acredita, mas jamais confunda o fato de ser gay com o teu desejo em servir ao Senhor. Até mesmo pela questão doutrinária, pois esta não sobrepõe ou é mais que a Graça do Filho de Deus.
Independente de onde estiver; Congregação Cristã no Brasil, Assembléia de Deus, Igreja Batista, Testemunha de Jeová, Igreja Contemporânea, Cidade Refúgio, Umbanda, Candomblé, Espiritismo, Budismo,... apenas ore a Deus rogando Sua luz às almas necessitadas e sedentas espiritualmente. E que da mesma forma como Ele enviou a estrela para guiar os três reis magos até Jesus na manjedoura, possa igualmente direcionar todos quantos estão perdidos a encontrar Cristo.
Por fim, é importante compreender que as religiões, cada uma com seus princípios, apesar de motivar a ligação de seus membros com o Criador, não são as únicas formas de acessá-Lo. A busca por Deus deve a princípio ser íntima e pessoal, fortalecendo assim a conexão da sua alma com Ele. Logo, “A religião certa” não existe, nós somos a igreja. Vide I Cor.3:16. E conforme disse Jesus; cada um tome sua cruz e siga-o!
¹ RJM (Reunião para Jovens e Menores). Entre aspas, trecho dos hinos 441 (Eu sou um cordeirinho); 454 (Cidadão dos Céus) e 433 (Na santa escola), hinário nº 5, Congregação Cristã no Brasil.
² Este exemplo não generaliza o comportamento dos membros dentro da CCB. Reconhecemos haver pessoas idôneas e sensatas dentro da igreja.
³Comum: refere-se ao local onde o membro passa a frequentar os cultos com assiduidade, antes ou após o seu batismo. Usa-se também o termo comum congregação (e geralmente é classificado por bairros); comum congregação: Vila Matilde; Freguesia do Ó; Bom Retiro etc.
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